quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O tempo



A mesma sala de cinema, a música sempre se repete, o café enche o copo. Atrasado ou ao meu lado, sempre sinto saudade. Um beijo no meu pomar, um afago no quintal, uma mordida no sofá. Lancei-me aos braços da sua proposta. Equilibrei meus pés e passos apressados no salto. Um vagalume perdido indicou os degraus pra poltrona do cinema. Tropeço, riso, corar sem sol, pegou na minha mão. Salvou meus dias sem capa ou super poderes, mostrou os furos à bala e renegou os agradecimentos e medalhas. Mas é impossível não manchar o ouvido com um "Obrigada".


Diana M.

Um comentário:

  1. Agradecimento talvez não mesmo necessário, mas satisfatório por ter alguém a agradecer, nisso eu aposto. Que seja doce, já nos ensinou Caio F.

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